O Amigo Leal à casa torna
Em julho de 2019, compartilhei a triste notícia da morte do Amigo Leal, um dos botecos mais emblemáticos da cidade de São Paulo, descendente direto do Bar Léo. O texto pode ser lido aqui.
Mas é tempo de quaresma e Gobbo, o anjo protetor dos boêmios, parece ter operado o milagre da ressurreição do Amigo Leal.
Ou, ao menos, ter iniciado esse processo que, tudo indica, será longo, graças ao estrago feito pelo último dono do ponto, que tentou transformar o bar em uma casa de espetinhos e desfigurou quase que por completo todo o ambiente, da fachada ao mezanino, passando pelo salão.
Estive lá ontem à noite e vi que há muito trabalho a ser feito para recuperar a aura de antigamente.
O recomeço está sendo digno: o atual proprietário, Aluísio Canholi, recrutou de volta parte da antiga e fiel brigada, entre os quais a cozinheira Teresinha e os diligentes garçons Pereira e Adalberto.
Teresinha, aliás, já não faz mais aqueles deliciosos pasteis do tamanho da palma da mão. Agora, ela monta a porção de pasteizinhos a 28 reais, de carne e de queijo, além dos clássicos canapé Blumenau (de linguiça moída crua, 34 reais) e rococó (pasta de gorgonzola com copa, 34 reais), entre outras receitas de tradição alemã.
O chope, que agora servido em copo tipo caldeireta (9 reais), pode melhorar, é verdade. A espuma deveria ser mais cremosa, mas o líquido segue saboroso, levemente amargo.
O afresco que mostra um macaco com camisa listrada a tirar um chope de um barril – o original vestia uma camisa do São Paulo Futebol Clube, conta o Pereira – foi danificado mas deve passar por uma restauração.
A fachada e o mobiliário também pedem recuperação, tomara que venha em breve.
Que voltem os fregueses antigos, que venham novos clientes.
O Amigo Leal, por ora, funciona nas noites de quinta e sexta-feira. Nascer de novo não deve ser algo fácil.
Vai lá:
Amigo Legal. Rua Amaral Gurgel, 165, República.
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